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CRESCER COMO AS ARAUCÁRIAS E FLORESCER COMO AS AMENDOEIRAS

Atualizado: 1 de dez. de 2023

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Em viagem ao Sul de Minas, pude contemplar as belezas das Araucárias, árvores que também são conhecidas como pinheiro-brasileiro e pinheiro do paraná, e por seu nome indígena: curi, que deu nome a cidade de Curitiba, que do Guarani “Kur yt yba” significa terra de muitos pinheiros. Esta árvore é encantadora, porque é uma pioneira e se destaca na vegetação pelo seu porte, que pode atingir até 50 m de altura, e pelo fato de sua copa ter simetria radial, com galhos que se distribuem ao redor do tronco, lembrando a estrutura de um candelabro.


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As espécies da família Araucariaceae encontram-se unicamente no Hemisfério Sul, e no Brasil, ocorrem naturalmente em regiões de altitudes acima de 900 metros, de Minas Gerais, Rio de Janeiro até o Rio Grande do Sul.


Nesta viagem, tive a oportunidade de ficar hospedada em um quarto situado no terceiro andar do hotel e com uma fileira de Araucárias ornamentando a sua fachada, o que me deu uma visão privilegiada destas árvores da sacada.


Notei que em seu tronco haviam cinturões de cicatrizes de galhos que haviam caído durante o seu processo de crescimento.



Toda cicatriz, é uma marca em um local onde houve um trauma, uma lesão que gerou dor. As lesões, são rupturas que geram uma abertura no tecido de revestimento do tronco, e estas lesões precisam ser rapidamente reparadas para não serem portas de entrada para patógenos e ocasionarem infecções que podem comprometer a saúde da Araucária.


Destas observações realizadas em um dia chuvoso, adquiri mais um aprendizado com a generosa sabedoria da natureza: Não há crescimento sem traumas!



As lesões que sofremos durante a vida, nos causam dor. A natureza da dor pode ser física, emocional ou ambas ao mesmo tempo. A lesão física, é rapidamente reparada pelo processo de cicatrização, que leva alguns dias, e consiste na deposição de fibras de colágeno para o promover o fechamento da lesão e assim, evitar a entrada de patógenos. Se a cicatrização não ocorre de forma adequada, pode haver infecções que agravam o processo de recuperação física e se não tratadas podem comprometer ou causar a morte.


Porém, há casos que a cicatrização física evoluiu bem, mas a cicatrização emocional não. Apesar da lesão física já ter sido reparada, a dor na alma muitas vezes continua reverberando principalmente quando alguém toca na marca da cicatriz, e esta dor emocional que repetidamente é acionada, dificulta o crescimento desta pessoa, que de certa forma, paralisa seu crescimento, para ressentir as suas dores.


As dores causadas por um trauma, são legítimas e merecem todo cuidado, as vezes, é necessário fazer repouso, diminuir o ritmo para o corpo reagir, e reparar as lesões. Em alguns casos, é preciso receber ajuda de medicamentos e até cuidados profissionais de saúde até que sejamos restituidos e em autonomia reconquistemos nossas atividades.


Porém, quando além do corpo, a lesão ocasionada feriu a alma, é preciso olhar, cuidar e tratar desta dor com atenção, para que ela não se torne algo crônico, que a pessoa não soluciona e vai arrastando pela vida como se tivesse uma bola de ferro presa aos pés.


Mas, o que chamou mais a atenção ao analisar as cicatrizes das Araucárias, foi observar que em algumas das cicatrizes, haviam ramos novos crescendo, demonstrando que as lesões quando bem administradas e cuidadas, podem trazer novas ramificações e brotamentos.


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Se desejamos ter um crescimento como o das Araucárias, precisamos aprender a lidar com as lesões e dores que inevitavelmente nos ocorrem no curso da vida!


Toda Araucária alta em seu tronco possui suas cicatrizes, umas permaneceram como marcas, outras, apesar da dor, voltaram com a força de novos ramos para crescer!


Muitas vezes onde doeu em nós intensamente, é onde seremos muito úteis para ajudar a outros que vivenciam o mesmo processo! Cada um tem o seu tempo de cura, e de re-estabelecer-se, mas não podemos ficar estagnados a longo prazo.


Se por acaso se sentir assim, peça ajuda independentemente da altura que já atingiu o seu "tronco"! Não limite o crescimento que Deus tem para você!


Esta experiência observacional com as Araucárias me fez recordar da história da vara de Arão que floresceu quando foi disposta na Tenda da Revelação, em frente a Arca da Aliança. As vezes, sentimos e pensamos que nossas vidas estão secas e sem vida, como uma vara, principalmente quando nos distanciamos Dele ou rompemos nosso relacionamento com Deus. Mas, ainda assim, quando nos dispomos a expôr a nossa sequidão diante da presença de Deus ( a Arca da Aliança), repentinamente ganhamos vida, produzimos flores e frutos maduros!


" E Moisés colocou as varas diante do Senhor na tenda do testemunho. No dia seguinte, aconteceu que, quando Moisés entrou na tenda do testemunho, viu que a vara de Arão, que era da casa de Levi havia brotado e havia produzido gomos, rebentado em flores e amêndoas maduras." Números 17:7


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Amendoeira em Flor


O que mais desejo na vida é que possamos crescer como as Araucárias e brotar, florir e produzir frutos maduros como as amendoeiras!


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